Enquanto não tiver feito um grande trabalho interior, quem expõe os seus pontos de vista
assumindo que está a falar verdade corre o risco não só de se enganar, mas também de induzir os outros em erro.
Talvez seja sincero, mas não fala verdade.
A sinceridade é uma coisa e a verdade é outra.
É possível ser sincero e estar atolado nos piores erros, e nunca se deve usar a sinceridade
como justificação.
Aquele que procura sinceramente a verdade só tem questões simples para colocar a si próprio:
«Os meus sentimentos são inspirados pelo verdadeiro amor?»
«O meu pensamento segue a via da sabedoria?»
Sempre que ele introduz, nos seus pensamentos e nos seus sentimentos, elementos da
sabedoria e do amor,
aproxima-se da verdade, contacta com um novo aspecto dela, atinge um novo patamar,
e estes aspectos, estes patamares são em número infinito.
É preciso encontrar a verdade e, ainda assim, continuar a procurá-la; isto é, ligar-se aos dois princípios "amor" e "sabedoria"
e, ao mesmo tempo, mobilizar todos os recursos da vontade para incarnar esses dois princípios
na sua vida.
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