Antes de serem essas regiões do mundo invisível que a religião descreve, o inferno e o paraíso são duas formas de vida que já existem em nós.
A vida do inferno é pesada, perturbada, obscura: é, por analogia, a do tubo digestivo, do ventre, do sexo.
A vida do paraíso é subtil, pura, luminosa: é, por analogia, a dos pulmões, do coração, do cérebro.
Em nós, a região de baixo (o inferno) e a de cima (o paraíso) estão separadas pelo diafragma.
Mas elas devem trabalhar em conjunto; a estrutura do nosso corpo diz-nos isso.
Só que é necessário estar sempre vigilante, para que o lado superior domine o lado inferior.
É preciso que a consciência estabeleça a sua morada no alto e que o baixo forneça, então, os materiais, as forças brutas que o alto dirigirá e fecundará.
Esforçai-vos, pois, por viver no vosso paraíso e aprendei a utilizar, a partir daí, os materiais e as forças do vosso inferno.
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