Agir é activar forças.
Então, reflecti bem antes de agirdes, pois, uma vez activadas, as forças não se detêm no caminho, vão até ao fim.
Imaginai que estais no alto de uma montanha e que encontrais lá uma rocha enorme, prestes a rolar pela encosta: depende de vós deixá-la ficar no mesmo sítio ou fazer com que role.
Se a puserdes em movimento, depois não conseguireis pará-la e ela esmagar-vos-á, a vós e a muitos outros.
Ou, se abrirdes as comportas de uma represa, tentai depois impedir a água de se escoar!
Podeis escolher entre agir ou não agir, mas, a partir do momento em que decidis fazê-lo, as forças libertadas escapam ao vosso controlo.
Quando um motim é desencadeado por agitadores, estes rapidamente deixam de poder controlá-lo.
É por isso que se diz: «Quem semeia ventos, colhe tempestades», e essas tempestades podem arrastar aqueles que as desencadearam.
Antes de dizer uma palavra, lançar um olhar, de escrever uma carta, de dar o sinal para uma guerra, tem-se todos os poderes, mas depois, acabou-se; passa-se a ser apenas espectador e, muitas vezes, até se é vítima.
Sem comentários:
Enviar um comentário