O número cinco é o da séfira Géburah*, à qual oa cabalistas associam o planeta Marte.
Géburah representa a energia combativa, a força que protege, que repele os inimigos.
Por isso, muitas vezes, os magos colocavam um pentagrama - a estrela de cinco pontas - à entrada das suas casas, para proibirem a entrada aos espíritos infernais e também para impedirem que os espíritos bons saíssem.
É evidente que não basta alguém colocar um pentagrama à entrada da sua casa para ficar protegido.
Para esse símbolo ser verdadeiramente eficaz, é preciso que o ser trabalhe para se tornar ele próprio um pentagrama.
O pentagrama é, se quiserdes, o esqueleto de um espírito do plano astral, e é preciso dar-lhe vida.
Então, este espírito torna-se como um cão que defende a entrada da casa contra as entidades malfazejas.
Mas só podeis vivificá-lo por intermédio da vossa própria vida, de uma vida honesta, íntegra, ao serviço da luz.
* INTRODUÇÃO À ÁRVORE SEFIRÓTICA
«A vida eterna consiste em conhecer-Te, a Ti, o único Deus verdadeiro», dizia Jesus.
«Para aquele que aspira a conhecer o Criador do Céu e da Terra, a sentir a sua presença, a penetrar na sua infinitude e na sua eternidade, é necessário aprofundar um sistema de explicação do mundo.
O sistema que me pareceu melhor, com maior amplitude e, ao mesmo tempo, o mais preciso, foi na tradição cabalística que o encontrei: a Árvore Sefirótica, a Árvore da Vida.
O seu conhecimento dá a visão mais profunda, estruturada e sintética dos estudos a fazer, do trabalho a realizar.
Os cabalistas dividem o mundo em dez regiões ou séfiras, que correspondem aos dez primeiros números (em hebraico, a palavra séphira, cujo plural é séphiroth, significa "numeração").
Cada séfira é identificada por cinco nomes: o nome de Deus, o nome da própria séfira, o nome do chefe da ordem angélica que lhe corresponde, o da ordem angélica e, finalmente o de um planeta.
É Deus, pois, que dirige estas dez regiões, mas com um nome diferente em cada região.
Por isso a Cabala atribui dez nomes a Deus.
Estes dez nomes correspondem a diferentes atributos.
Deus é um, mas manifesta-se de modo diferente consoante as regiões.
A Árvore da Vida é um esquema muito simples, mas o seu conteúdo é inesgotável.
Ela é, para mim, a chave que permite decifrar os mistérios da Criação.
Ela não se destina a ensinar-nos astronomia nem cosmologia; aliás, ninguém pode dizer exactamente o que é o Universo nem como ele foi criado.
Esta árvore apresenta um sistema de explicação do mundo que é de natureza mística.
Pela meditação e pela contemplação, por uma vida de santidade, os espíritos excepcionais que o conceberam conseguiram captar uma realidade cósmica, e é o seu ensinamento, transmitido pela Tradição e sempre retomado, sempre meditado ao longo dos séculos, que, no essencial, chegou até nós.
Um Mestre espiritual está consciente das responsabilidades que assume ao fazer entrar os humanos neste santuário da Divindade, por isso é com muita humildade, muito respeito e muita veneração que deveis abordar estes conhecimentos.
Focando a vossa atenção frequentemente neste quadro, acendereis luzes em vós.
Por certo nunca conseguireis explorar todas as suas riquezas, mas, de Malhuth a Kéther, esta representação de um mundo ideal impelir-vos-á sempre para o Alto».
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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