Imaginai uma esfera e que está um homem no seu interior e outro no exterior.
Evidentemente, o que está no interior vê-a côncava e para o que está no exterior ela é convexa.
Os dois discutem, brigam, e é impossível fazê-los chegar a acordo.
Agora, interpretemos.
Aquele que está dentro da esfera é o religioso, que observa a vida a partir do interior, subjectivamente, isto é, pelo coração, pelo sentimento.
O que está no exterior é o cientista, que estuda tudo de fora, objectivamente, pelo intelecto.
Assim prossegue uma luta secular entre a religião e a ciência.
Quem tem a verdade?
Ambas, mas cada uma em cinquenta por cento.
Por isso, chega um terceiro observador, que diz: «A esfera é, simultaneamente, côncava e convexa.»
Os outros dois ficam zangados e chamam-lhe insensato.
Todavia, ele é um sábio que contempla a verdade completa.
Este sábio é a intuição, que tem a capacidade de reunir o pensamento e o sentimento, para ver as coisas simultaneamente do interior e do exterior.
Sim, para se conhecer a verdadeira realidade das coisas, é preciso conseguir, ao mesmo tempo, ser subjectivo e objectivo, situar-se no interior e no exterior.
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