Para afirmarem a sua liberdade, os humanos procuram fazer saltar todas as barreiras morais que os Iniciados do passado estabeleceram para os proteger da desordem das paixões.
Esses ignorantes não sabem que uma tal desordem está a engolir as suas energias divinas, porque, para alimentarem o fogo que os possui, são obrigados a dar-lhe todos os seus recursos, todos os seus materiais.
É um braseiro que eles alimentam com a própria substância do seu ser.
É impossível oferecer-lhe as coisas do vizinho ou as árvores da floresta: ele alimenta-se das suas próprias reservas, do seu próprio combustível, da sua quinta-essência.
Para se manterem todos os dias, como o fazem, nas efervescências e nas erupções vulcânicas, sõ obrigados a queimar as suas energias mais preciosas.
De cada vez, sem o saber, vão perdendo uma parte da sua inteligência, da sua pureza, do seu poder, da sua beleza, e por fim, quando já gastaram tudo, estão embrutecidos, feios, fracos e doentes.
Não foi para os privar da sua liberdade, mas para evitar que caiam neste estado deplorável, que os Iniciados deram regras e métodos.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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