Capítulo I - A VIDA
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A Vida...
Esta palavra resume todas as riquezas do Universo que, indiferenciadas, caóticas, esperam que uma força venha organizá-las.
Assim, na palavra "vida" estão incluídos todos os desenvolvimentos futuros.
Numa célula, estão já potencialmente contidos todos os órgãos que deverão surgir um dia, tal como uma semente, que é preciso plantar, regar e cuidar, para se ver o que dela sairá.
Assim, após um certo tempo, à semelhança do que acontece com a semente, daquele magma, daquele caos, daquela realidade indeterminada que a vida é, tudo começa a sair e a tomar forma.
A vida é o reservatório de onde brotam diariamente, novas criações que se ramificarão até ao infinito.
A partir dessa vida indiferenciada e sem expressão, que existe como uma simples possibilidade, o espírito cria incessantemente novos elementos, novos meios, novas formas...
A vida representa a matéria primordial e é por isso que ela tem tanta importância.
Mas as pessoas ocupam-se de tudo menos da vida!
Se pensassem, acima de tudo, na vida, em preservá-la, em protegê-la, em mantê-la na maior pureza, teriam cada vez mais possibilidades de obter o que desejam, pois essa vida iluminada, esclarecida, intensa, pode dar-lhes tudo.
Como elas não têm esta filosofia, esbanjam a sua vida, pensam que como estão vivas,
tudo lhes é permitido.
Dizem:«Já que temos vida, temos de fazer alguma coisa com ela...»
Mas raramente conseguem realizar o que desejam, pois devastaram tudo.
Agora, é necessário que elas tenham uma outra filosofia, que saibam que a forma como pensam age sobre a sua vida, sobre as suas reservas, sobre a quinta essência do seu ser, e que, se pensarem mal, estragarão tudo.
É preciso ensinar isto à humanidade!
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