Se souberdes reconhecer a dimensão simbólica dos diferentes actos da vossa vida quotidiana, compreendereis que todos os dias, repetis os dois grandes processos que são a descida à matéria e a subida ao espírito, a encarnação e a desencarnação, o nascimento e a morte.
De manhã, quando vos vestis, começais por pôr a roupa mais leve: a camisola interior, a camisa... e continuais a vestir peças cada vez mais grossas, até ao casacão, se tiverdes de sair à rua.
Assim também, para encarnardes na terra, entrais em corpos cada vez mais densos: mental, astral, etérico e físico.
E quando, à noite, vos despis para dormir, acontece o inverso: tirais, um a um, todos esses invólucros.
De igual modo, um dia libertar-vos-eis dos vossos diversos corpos, para regressardes ao outro mundo.
Tudo o que é vestuário, invólucro, simboliza a encarnação na matéria.
Precisamos de nos vestir para descermos, e precisamos de nos despir para subirmos e regressarmos à região do espírito.
Tirar as roupas é atravessar o mundo opaco das aparências, para descobrir a realidade do espírito.
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