Nós consideramos como um inimigo tudo o que nos incomoda.
Pois bem, devemos estudar esse inimigo.
Para o homem primitivo, o fogo era um inimigo; os raios, a água, eram inimigos; o vento, a terra, os animais, todas as forças da Natureza eram inimigos, e o homem, que lutava contra eles, esgotava-se ou morria nessas lutas.
Depois, com o tempo, começou a dominar essas forças e descobriu quão úteis elas podiam ser-lhe.
O que o homem compreendeu relativamente aos elementos pode aplicar-se a outras manifestações da vida, no domínio psíquico, por exemplo.
Em vez de fugirdes a alguns impulsos que vos perturbam - a sensualidade, a cólera, a vaidade, o ciúme, etc. -, observai-os, explorai essas regiões, procurai conhecê-las e ver o que contêm!
Essa coragem e esse espírito de iniciativa levar-vos-ão a descobrir que as forças da Natureza que considerastes inimigas são, afinal, amigos que vos oferecem presentes.
Está a chegar a época em que os humanos terão outra atitude para com os seus instintos, as suas tendências inferiores, pois serão instruídos por métodos pedagógicos que os libertarão de todas as limitações interiores.
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