Não vos lanceis nas experiências arriscadas que vos são propostas por toda a espécie de livros de ciências ocultas, pois, com o pretexto de vos abrirem os caminhos para o invisível, tudo o que eles farão será arrastar-vos para vias perigosas.
Se quereis ser capazes de, um dia, sair do vosso corpo, desdobrar-vos, podeis praticar o exercício, completamente inofensivo, que vou explicar-vos.
Quando, em certas manhãs, um céu cinzento, brumoso, vos fizer sentir um pouco sonolentos, em vez de tentardes concentrar-vos e meditar - o que é inútil, pois não conseguireis, não há condições para isso -, tentai parar o pensamento.
Deixai a vossa alma expandir-se no espaço, imaginando que ela vai reunir-se à Alma Universal e fundir-se com ela: ao regressar, a vossa alma trar-vos-á algumas imagens das regiões que contemplou.
Mas não tenhais ilusões: a qualidade daquilo que virdes dependerá de vós, da natureza e da qualidade dos vossos desejos, dos vossos sentimentos, dos vossos pensamentos.
Então, se quereis entrar em contacto com o mundo invisível, começai por purificar o vosso mundo interior.
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