Toda a existência nos mostra os poderes da palavra.
Um general dá uma ordem de ataque, gritando: «Fogo!», e minutos depois nada resta do que era uma cidade magnífica.
Ele próprio nada fez, apenas pronunciou uma palavra; mas que força estava contida nessa palavra!
Ou então, um homem ou uma mulher que significa muito para vós, mas cujos verdadeiros sentimentos ainda não conheceis, um dia escreve-vos estas simples palavras: «Amo-te!», e de repente a vossa vida fica iluminada!
Nada mudou, mas mudou tudo.
Vamos mesmo mais longe.
Porque pensais que as pessoas falam, na maior parte das situações?
Para exercerem o seu poder.
E mesmo quando parecem dar explicações, informações, quase nunca é para explicar ou informar.
Ao falarem ou ao escreverem, querem sobretudo produzir determinados efeitos: fazer aliados, suscitar cólera, ódio, ou então iludir a desconfiança.
E vós, com que propósito utilizais a palavra?
Reflecti sobre isso...*
* Ver cap. XVI
Do homeme a Deus - Séfiras e hierarquias
Colecção Izvor