A prática da filosofia, da ciência e da arte não vos levará a nada, se não estiverdes bem alimentados e vivos.
Então, o que importa, antes de tudo, é nutrir-se, estar vivo, e depois podereis praticar todas as disciplinas, se tiverdes gosto e tempo para tal.
Nas universidades e nas academias, os alunos recebem muitos conhecimentos, mas não são alimentados.
Por isso, têm pernas trémulas, corações vazios e nevoeiro diante dos olhos.
Na escola dos grandes Iniciados, pelo contrário, os estudantes são bem alimentados e, quando se sentem fortes, robustos, é-lhes dado um arado, explica-se-lhes como se lavra a terra, e são postos a trabalhar.
Direis: «Mas nós não queremos lavrar a terra!».
É claro que isto é simbólico.
Neste caso, a terra é a que cada ser humano possui: a sua cabeça.
Aqueles que sabem lavrar e plantar boas sementes na sua própria terra, comerão até ficarem saciados, durante toda a vida.
Os outros só verão crescer cardos, espinhos e silvas, que não só não lhes servirão para nada, mas também os prejudicarão, a eles e a quem os rodeia.

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