Não basta considerarmos que Deus é nosso Pai e nós somos seus filhos, porque assim admitimos uma separação, um corte.
Se Ele está fora de nós e nós fora d'Ele, temos de sujeitar-nos a tudo o que está compreendido nesse intervalo, ficamos fora da sua luz, da sua paz e do seu amor.
Houve tantos místicos que se queixaram de que tinham sido abandonados por Deus!
Não, Deus não os abandonou, eles é que não souberam preservar em si a consciência da sua presença.
Deus nunca nos abandona, as mudanças ocorrem na nossa consciência.
É claro que é difícil manter permanentemente um estado de consciência em que nos sintamos habitados pela presença divina, mas é neste sentido que devemos trabalhar, fazendo de todo o nosso ser um templo da Divindade.
Sim, nem sequer um palácio, mas um templo.
Evidentemente, já é bom se conseguirmos fazer dele um palácio, mas no palácio falta o elemento de santificação que existe no templo.
Deus entrará naqueles que conseguirem fazer de si próprios um templo, e não mais os abandonará.
A Divindade não deixa o santuário que lhe foi consagrado e onde se continua a render-lhe culto, na pureza e na luz.

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