Observai um ser ainda muito jovem: à menor ocasião, há nele reviravoltas, revoluções, ímpetos de toda a espécie.
Por isso, o seu Eu divino ainda não pode expressar-se.
Mas, passados alguns anos, pouco a pouco, ganha juízo, a calma e o silêncio instalam-se em si, e todas as suas qualidades começam a aparecer.
Antes, não podiam manifestar-se, as condições não o permitiam.
Observai o que se passa na Natureza, com a vegetação: por vezes, algumas plantas crescem prematuramente, antes de terminar o inverno, e se, por infelicidade, vem uma tempestade ou uma geada muito forte, elas são desenraizadas ou morrem por causa do frio.
Uma planta não pode desenvolver-se verdadeiramente enquanto as condições não lhe são favoráveis.
Pois bem, o mesmo se passa com os seres humanos: enquanto estiverem expostos a tempestades ou a temperaturas extremas, não conseguirão ouvir a voz interior da sabedoria, a voz do seu Eu superior.
É preciso que as paixões amainem, para que as suas qualidades tenham condições para se manifestar*
*Ver cap. VIII
Natureza humana e Natureza divina
Colecção Izvor
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