Quando pensamos e quando falamos, já estamos a consumir certas matérias do nosso organismo.
E isto é ainda mais verdadeiro no que se refere às emoções: um choque, um grande desgosto, ou mesmo uma grande alegria, é uma combustão que produz detritos, cinzas, e depois é preciso repousar, dormir, para dar ao organismo a possibilidade de recuperar.
Cada manifestação, cada sensação, cada emoção, é um dispêndio de materiais e de energias.
Então, como podem os homens e as mulheres imaginar que, nas efervescências da paixão, da sensualidade, não gastam nada, não perdem nada?
É precisamente nessas situações que os dispêndios são maiores, e a recuperação mais difícil, pois o que eles então queimam são quintessências de natureza subtil, espiritual, e assim vão perdendo a inteligência, a fineza, a beleza.
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