Os cristãos, ao orarem, dizem: «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo», sem se surpreenderem com o facto de, nesta Trindade, nenhum princípio feminino ser mencionado.
No entanto, não se pode deixar de levantar a questão.
Quando se ouve enumerar: Pai, Filho..., que são termos que evocam a família, como não havemos de nos admirar com o facto de o terceiro membro desta família ser o Espírito Santo?
E o que é uma família em que falta a mãe?
Os cabalistas, sim, estão dentro da verdade, quando ensinam que Deus tem uma esposa, Shékinah.
Os cristãos devem aceitar a existência deste princípio cósmico, que é a parte feminina do princípio criador.
O ser a quem chamamos Deus e que o cristianismo representa como uma força masculina é, na realidade, masculino e feminino.
Para que haja criação, manifestação, é preciso que haja polarização, isto é, a presença de um princípio masculino e de um princípio feminino.
Para se manifestar, Deus deve ser simultaneamente masculino e feminino.
Era o que se ensinava também nas Iniciações órficas: Deus é macho e fêmea.
MESTRE OMRAAM MIKHAËL AÏVANHOV
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