A aventura humana é, toda ela, a busca por uma metade perdida.
Os homens procuram as mulheres e as mulheres procuram os homens...
Nem sequer sabem porquê, mas procuram-se, é instintivo, há uma voz que lhes diz que será assim que recuperarão a sua integridade primordial.
De vez em quando, durante alguns minutos, alguns segundos, vivem algo que lhes traz uma felicidade indescritível, uma dilatação misteriosa, mas que não dura e, inevitavelmente, lá vêm as decepções e os desgostos.
Mas, como nunca perdem a esperança, continuam a procurar...
E porquê?
Porque não conseguem os seres humanos realizar as suas aspirações mais profundas?
Porque não é no plano físico que esta união deve começar por acontecer.
O plano físico deve ser apenas o culminar de um trabalho que foi feito anteriormente, nos planos psíquico e espiritual.
Caso contrário, só se vive, na melhor das hipóteses, prazeres e gozos efémeros.
Se alguns seres, muito raros, conseguiram realizar essa unidade de modo duradouro, fundindo-se no plano físico, é porque tinham feito, previamente, um grande trabalho interior.
Os dois princípios devem ser unidos por cada ser humano, em primeiro lugar, em si mesmo.
É a filosofia do andrógino, a mais elevada que existe.
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